Pesquisa de imagens para canais digitais

No nosso último texto falamos sobre imagens para canais digitais e destacamos que, para a produção de peças de comunicação, você terá que dedicar tempo às imagens em dois momentos: 1) para pesquisa-las e; 2) para trata-las, redimensiona-las e diagrama-las. Neste texto vamos falar sobre a etapa de pesquisa de imagens para canais digitais trazendo dicas para torna-la mais assertiva.

Nunca é demais lembrar, como falamos no último texto, que os direitos autorais de uma imagem são protegidos por lei. Sendo assim não adianta ir no Google Imagens, fazer uma pesquisa, escolher uma imagem, copiá-la e publicá-la numa página de site ou post de rede social sem a autorização do autor. Isso é crime!

Se você não quer gastar dinheiro contratando um banco de imagens, listamos abaixo algumas opções de bancos de imagens gratuitos. Neles você encontra imagens autorizadas para uso, desde que cumpridas as condições de cada site:

• Pixabay
• Unsplash
• Pexels
• Negative Space
• PicJumbo
• Stockpic
• Kaboom Pics
• Startup Stock Photos
• Freerange
• Libreshot
• Splitshire
• Life of pix
• Gratisography
• Jay Mantri
• ISO Republic
• New Old Stock
• Stock Snap

Em cada um desses sites você encontrará milhares de imagens. E para muitos de nós é exatamente a gigantesca variedade de opções que prejudica o processo de pesquisa e seleção. É por isso que, neste texto, vamos dar prioridade às dicas para te orientar nesse oceano de imagens no qual você está prestes a mergulhar.

A função da imagem numa peça de comunicação

Num dos primeiros textos do blog da Dot@ falamos das interfaces que utilizamos na produção de peças de comunicação: texto e imagem. É por meio delas que apresentamos uma ideia, produto ou serviço.

Se sua micro ou pequena empresa vende um produto é bem provável que você terá que produzir um texto descrevendo-o. Se você, por exemplo, for um representante de vinhos, você descreverá a uva daquele rótulo, a coloração do vinho, se o sabor é mais ácido ou não, etc.

Na apresentação de produtos, as imagens cumprem a função de gerar uma assimilação direta. A apresentação de um vinho pode ser a foto de uma taça cheia ou até o desenho de uma garrafa. Vinho é um produto tão comum, faz parte da vida de tanta gente, que sua imagem já está no subconsciente coletivo.

Já no caso de serviços, a representação por texto é um pouco mais difícil. Apresentar a prestação de serviço exige, quase sempre, descrever uma sequência de ações ou comportamentos encadeados. A apresentação do serviço que um médico realiza – um ortopedista como o Dr. Lucas Cruz – envolve informar que ele fará um diagnóstico inicial, solicitará alguns exames ao paciente e, de posse dos resultados, concluirá o diagnóstico e recomendará um tratamento.

É nesse tipo de situação que se aplica a máxima “uma imagem vale mais que mil palavras”. No caso de serviços, mais que uma apresentação, a imagem é a representação de uma situação ou comportamento, oferecendo à audiência uma quantidade de significados que ia demandar muito texto.

Mas se a imagem substitui tanto texto, quais mil palavras cada imagem vai valer?

Oriente-se pelo seu público e pela sua persona

No ano passado falamos, aqui no blog, da importância do mapeamento de públicos e da construção da persona para a produção de peças de comunicação. Essa caracterização da audiência viabiliza uma produção de conteúdo mais direcionada ao consumidor que você quer atingir, facilitando assim o planejamento de comunicação.

Se você já cumpriu a tarefa de caracterizar os seus públicos você já tem um orientador na pesquisa de imagens – especialmente fotografias. Já está identificado que seu público consumidor é, prioritariamente, da 3ª idade e pardo? Então procure imagens com esses personagens. Sua empresa vende prioritariamente para jovens e há homogeneidade na distribuição entre gênero e raça? Então homogeneíze suas peças de comunicação.

Quando o público se sente representado nas peças de comunicação direcionadas a eles é mais fácil gerar identificação com a marca. Essa identificação é um bom primeiro passo visando a construção de vínculos fortes entre a empresa e sua audiência.

Pesquisa de imagens para canais digitais: quando escolher entre fotos e ilustrações?

Quando pensamos em imagens estáticas para ilustrar uma publicação, seja de canal digital próprio ou de plataforma, talvez imaginemos inicialmente o uso de uma fotografia. Obviamente que fotos são ótimas para ilustrar postagens, mas elas são recomendadas para todas as situações?

Por terem pessoas retratadas, fotografias normalmente são boas para representar ações e comportamentos entre um prestador de serviço e o cliente quando este vai sofrer a ação direta do trabalho. Imagine o serviço de uma médica, de um barbeiro, de uma dentista, de um esteticista… Normalmente o resultado da ação daquele prestador recai diretamente sobre o cliente. E fotografias conseguem representar bem a situação, o momento da prestação do serviço.

Agora imagine o serviço de um programador, de uma agrônoma, de um contador ou até de uma profissional de marketing. Sua atuação normalmente é sobre algo “imaterial”: códigos de Internet, reações físico-químicas no solo, análises tributárias ou o entendimento de uma pessoa. Nesse tipo de situação é normal usar ilustrações ou infográficos para representar o encadeamento de ações que é típico da prestação do serviço.

Mas atenção: obviamente que as dicas acima não são leis universais. A escolha das imagens passa, necessariamente, pelo que se quer representar, pelo comportamento que se espera gerar na audiência, pela facilidade de encontrar a imagem, pela importância dela na peça de comunicação – se ela é parte da explicação da ideia/conceito ou se ela está ali apenas para ilustrar uma ideia que já está bem explicada no texto – e por diversas outras variáveis. Portanto tome as dicas aqui como os orientadores iniciais, mas analise cada oportunidade de interação com seus clientes buscando construir uma peça que fique facilmente compreensível para eles.