Site para micro e pequenas empresas
Há aproximadamente oito meses falamos aqui no blog das diferenças entre os canais digitais próprios e de plataformas. No texto seguinte, destacamos os fatores que você deve levar em consideração para decidir por um canal próprio. Bem, neste texto vamos começar a falar do principal canal digital próprio de uma empresa. Vamos falar de site para micro e pequenas empresas.
Como destacamos no texto sobre canais digitais próprios para sua micro ou pequena empresa, a decisão de criar ou não um site deve levar em consideração, principalmente:
- A necessidade de customização na apresentação do seu produto ou serviço.
- O ambiente digital no qual seus possíveis clientes buscam pelo seu produto ou serviço.
Site para micro e pequenas empresas: quão customizada precisa estar sua informação?
Você consegue explicar o seu produto ou serviço em poucas palavras ou imagens, a ponto de gerar uma imediata assimilação sobre o que você vende?
Nunca tinha parado para pensar sobre isso? Bom, então acompanhe os exemplos que vamos usar. Sim, eles serão meio exagerados, mas é de propósito. O objetivo é chamar atenção para a importância de refletir sobre quão customizado um conteúdo precisa ser.
Imagine que no quintal da sua casa existam algumas laranjeiras. No período da safra você colhe tanta laranja que decide vender uma parte. E resolve que vai anuncia-las num canal digital.
Agora pense bem: quanta informação sobre uma laranja você precisa apresentar para efetuar a venda? Com certeza o preço por quilo e a forma de pagamento. Também o local de venda; se você for entregar, a forma de contato para agendar a entrega. Talvez você fale o tipo da laranja – se Pêra, Bahia ou Lima.
Com essa quantidade de informação – preço por quilo, forma de pagamento, local de venda e tipo – você já consegue vender laranja para a enorme maioria dos consumidores interessados nesse produto, certo? Ou seja, laranja é um produto que não há tanta necessidade de customização de conteúdo. As informações que um consumidor precisa levar em consideração na hora de comprar laranjas são muito poucas. Elas cabem em um pequeno texto de 350 caracteres e uma imagem estática, que é o tipo padrão de um post de rede social.
Agora, imagine que você é uma médica pediatra como a Dra. Isabela, que faz atendimentos de puericultura no seu consultório. Bom, se você nem sabe o que é puericultura, já conto aqui: é a área da pediatria que acompanha o crescimento e o desenvolvimento de um indivíduo desde o período da gestação até a fase adulta. Reparem: só numa definição sucinta do termo “puericultura”, já foram consumidos 130 caracteres.
Mas quem ouve falar de puericultura vai precisar saber que, se tem um filho recém-nascido, ele precisa ser levado mensalmente à pediatra. Depois do primeiro ano de vida, trimestralmente. Com dois anos completos, a cada semestre. E por aí vai…
Eu gastei praticamente dois parágrafos de texto e mal comecei a explicar o que é puericultura. Agora pense bem: esse é um tipo de informação que cabe num formato de post de rede social?
A necessidade de customização da apresentação de um produto ou serviço é diretamente proporcional à sua complexidade. Produtos simples, como uma laranja, exigem baixa customização na produção de conteúdo. Já produtos complexos – serviços médicos, de engenharia, de contabilidade, de advogados, de marketing e comunicação, etc. – demandam a disponibilização de muita informação que, em geral, não cabe em um ou alguns posts de redes sociais.
Em que ambiente seus clientes te procuram?
Saber a forma mais adequada de apresentar o produto ou serviço é o primeiro passo para decidir se deve ou não investir num site para micro e pequenas empresas. Mas não basta saber “como” apresentar, é fundamental saber “onde”.
A Internet possui vários “locais”. Eles não são físicos, mas tem endereço – que no caso, é eletrônico. E por esses “locais”, várias pessoas passam.
Um dos “locais” mais famosos da Internet mundial, e que tem versão brasileira, é o Facebook. O maior sistema de rede social do mundo tem 2,8 bilhões de usuários que acessam a rede pelo menos uma vez por mês. Pouco mais da metade, 1,8 bilhão, a acessa diariamente e passa, em média, 35 minutos nela. No Brasil, são 130 milhões de usuários que acessam o Facebook todo mês. Se a proporção mundial de acessos diários for a mesma, são mais de 85 milhões de pessoas acessando o Facebook todo santo dia.
Os números impressionam, né? Com tanta página de gente, de empresas e anúncios, o Facebook parece até um shopping center digital. Se você achou a metáfora forçada, te digo que numa coisa o Facebook é muito parecido com os shoppings: nos tipos de produtos mais frequentemente comercializados pela própria rede.
Há poucos dados sobre a origem do clique de compra em redes sociais. Um estudo feito na Espanha em 2019 com usuários de redes sociais, mostrou que os sete grupos de produtos ou serviços mais frequentemente comprados nas próprias interfaces das redes sociais são:
- Roupas, calçados e acessórios
- Aluguel de carro ou passagens de avião, trem e barco
- Diárias de hotel
- Ingressos de cinema
- Download de músicas de artistas
- Equipamentos eletrônicos
- Cosméticos e outros produtos de beleza
O que esse cenário nos conta? Que pode até ter bastante gente no Facebook e em outras redes sociais. Mas na hora de adquirir produtos ou serviços nas próprias redes sociais, os mais comprados são esses aí.
A lista até reforça o argumento de quão customizável precisa ser o conteúdo de um produto ou serviço para que ele tenha bom desempenho nas redes sociais. Produtos ou serviços ligados a vestuário, viagens, entretenimento ou beleza são mais fáceis (ou menos complexos) de serem apresentados que serviços de profissionais especializados como agrônomos, arquitetos ou analistas financeiros, por exemplo.
Se sua micro ou pequena empresa não trabalha com produtos ou serviços mais buscados nas redes sociais, o que fazer? Bom, a primeira coisa é verificar se o seu cliente faz pesquisas online pelo seu produto ou serviço. Se sim, já posso antecipar: essa pesquisa acontece no Google – ou em alguma de suas ferramentas.
Atualmente o Google concentra 93% do volume de buscas no mundo. Se um produto ou serviço é procurado em algum lugar, muito provavelmente é lá. E se a sua empresa não trabalha com os produtos ou serviços normalmente consumidos em redes sociais, mais um fator para começar a pensar num site para micro e pequenas empresas.
A ordem pela qual o Google apresenta os resultados de uma busca é determinada por um ranking de páginas de sites que o próprio buscador monta. O Google permanentemente analisa páginas e as ranqueia, para que elas sejam apresentadas em ordem decrescente de relevância – as mais relevantes no topo da lista, as menos relevantes no final. São as páginas que concorrem umas contra as outras pelas primeiras posições do Google, avaliadas pelo famoso algoritmo PageRank.Em outras palavras, para que sua micro ou pequena empresa apareça enquanto um resultado do Google ela deve, necessariamente, ter um site cuja página fale sobre o assunto que foi procurado na busca. E para aparecer nos primeiros lugares, ela deve estar bem avaliada pelo PageRank.Nos próximos textos do blog continuaremos falando sobre site para micro e pequenas empresas. Vamos destacar o processo de construção do site e quais cuidados devem ser observados para que ele seja construído já otimizado para o algoritmo do Google.